Viajantes das estrelas sobrevoam o Xingu
Um objeto luminoso e transparente, em "forma de garrafa", surge aos olhos da tribo Kaiabi, no Xingu. Do solo, era possível divisar cinco seres no interior da estranha nave. Isto ocorreu há cinco anos e quem descreve o acontecido é o sertanista Orlando Villas-Bôas. Trata-se de um dos inúmeros casos de contatos de terceiro grau entre seres extraterrestres e indígenas. O mais encorajador e exemplar é que em nenhum desses contatos houve atrito ou violência, tudo transcorrendo sempre num clima de paz e compreensão mútua Desde que se engajaram na expedição Roncador - Xingu, em 1943, os irmãos Villas-Bôas passaram a ser testemunhas de inúmeros aparecimentos de objetos aéreos não identificados, tripulados por seres dos mais variados tipos. Os Índios costumam dizer aos sertanistas que a tripulação dessas naves é composta de "bons espíritos". Os próprios Villas-Bôas já publicaram diversos artigos a respeito do aparecimento de naves desconhecidas no Xingu, bem como dos contatos entre seres de outros planetas e índios.
Manuel Yépez, testemunha ocular e auditiva destas narrativas, feitas pelo sertanista Orlando Villas-Bôas, passou a representá-las visualmente. O repertório acumulado é vastíssimo e daria para ocupar centenas de quadrinhos. No caso da estória que se segue, o artista faz o seguinte comentário: "O que mais me chama a atenção na história é o caráter absolutamente amistoso e cordial durante esses contatos com seres de outros planetas, que aparecem visíveis e reluzentes aos olhos de todos". Orlando e Cláudio - ao contrário de uma certa corrente antropológica - procuram interpretar com o máximo de realismo as narrativas e descrições, mesmo mitológicas, que lhes fazem os índios. "Enganam-se aqueles que pensam que o índio é um ser escapista, dado a fantasias e delírios. Não. Ele é um ser tremendamente real e verdadeiro, descreve aquilo que vê, não mistifica nada. Para o índio, todo fenômeno é natural. Encaram os discos voadores e seus tripulantes com uma naturalidade que deveria servir de exemplo a muito ufólogo civilizado
"

O relato que inspirou os traços de Yépez faz parte do cotidiano da maioria das aldeias do Xingu e da região amazônica em geral. Fala-se que, certa vez, uma belíssima nave azul-tecnológica-transparente interrompeu um animadíssimo quarup e foi pousar em cima da cabana do homem mais velho da tribo. Nunca é demais lembrar que em nenhuma das narrativas fala-se em contatos agressivos. Ao contrário, os seres tripulantes sempre se mostraram simpáticos aos índios, acenando e demonstrando fraternidade. Nem mesmo os famosos casos de seqüestros e experiências físicas dolorosas constam dos contatos ocorridos no Xingu. Assim, as recordações são sempre as melhores. Manuel Yépez procura em seu trabalho não apenas "ilustrar" as estórias que ouviu e guardou a respeito do Xingu, mas sobretudo interpretá-las a partir dos traços e da ambientação. A seqüência em que a nave transparente aparece sobre a aldeia dá bem uma idéia do clima fantástico que envolveu o acontecimento.

A estória que se segue aqui é fruto da curiosidade que me levou a indagar o Sr. Orlando Villas-Bôas a respeito de boatos que correm, de estranhos objetos voadores sobre aldeias do Xingu: " - Orlando, a respeito desses objetos,..." No Xingu não existe um índio que não tenha visto, todos eles estão habituados a ver, e tem outra coisa: eles não são como os civilizados, de mistificar; eles não entendem ainda que se na realidade esse disco existe, traz gente, transportam de outro planeta, não seja daqui... Mas é verdade, no Xingu tem tido aparições incríveis. Um índio ou outro já ouviu falar de disco voador. Um deles me contou: - Certa feita, numa aldeia Kaiabis, uma família dentro de sua casa...
O cachorro começa a latir do lado de fora, e os índios vêem um clarão enorme e correm para ver o que se passava. Segundo a narrativa que fez, ele viu um corpo a mais ou menos 8 a 10 metros de altura, com formato de garrafa, espargindo luz para todo lado. Segundo ele me disse, havia umas 5 ou 6 pessoas dentro desse objeto, e estavam em bancos um atrás do outro, e um mais destacado, e uma bruta barba grossa e cabelos compridos. Eles ficaram ali parados, olhando. Tivemos notícia que, na mesma noite, no mesmo horário, apareceu semelhante objeto na aldeia Juruna. E passou muito baixo, mas só passou. Correram ao posto Diaurum para levar a novidade para o Cláudio, mas...Acontece que o objeto que passou pela aldeia Juruna havia estado ali depois. Bom, no outro dia ele se comunica com a aldeia Kamaiurá...onde fica o posto Leonardo Villas-Bôas, e surpreende-se ao saber que o mesmo sucedera, como se os objetos estivessem viajando. Às 5 horas da manhã, como é de costume, ele saiu para caçar macuco, uma enorme ave madrugadeira. Quando entrou no campo, ele viu uma coisa estranha: a cabeceira do campo toda iluminada, e um objeto a uns 2 metros do solo...O Cláudio se alarmou com isso, mas continuou andando em direção ao objeto. A uns 200 metros, deixa a arma no chão, e continua caminhando em direção ao objeto. Daí, o objeto levanta com muita velocidade, faz um circuito em volta do posto e desaparece, ele não viu mais nada.
Para o índio não constitui coisa estranha. Esta estória aconteceu em 1975. Esses objetos repetidamente aparecem no Xingu.